Com a recente realização do CIAB, organizado pela Febraban, o cruzamento entre a tecnologia e a evolução dos bancos voltou à ordem do dia.
Desde o surgimento dos primeiros modems, os bancos começaram a construir clientes “a distância”, que operam eles mesmos suas contas (seja via ‘home banking’, ou como atualmente, via ‘Internet banking’). Na prática, porém, o número de clientes já conquistados e em potencial que possuem computadores é ainda limitado (cerca de 20% dos lares brasileiros dispõem hoje de computador). Acesso a Internet é ainda mais limitado (alguns bancos fornecem este acesso de forma gratuita a seus clientes – uma forma de incentivar a redução de seus custos, mas que canibaliza parte do mercado dos provedores de acesso a Internet).
O grande desafio é incluir no sistema bancário o restante da população. Com a ampla difusão da telefonia celular, há quem enxergue uma agência bancária virtual em cada antena de telefonia móvel. Entretanto, a enorme variedade de modelos de aparelhos em uso (cerca de 1.300 no Brasil atualmente), encarece tremendamente a produção de software para usar estes aparelhos como front-end para o sistema bancário.
Talvez seja por isso que, aos poucos, surgem alternativas de virtualização de dinheiro fora do âmbito bancário: telefones pré-pagos são uma forma de estocar dinheiro com operadoras de telefonia, o sistema de pagamento automatizado de pedágio (SemParar/ViaFácil) é operado por uma empresa criada para esta finalidade que contem o termo ‘Meios de Pagamento’ em sua razão social. Estas empresas não seguem as normas do Banco Central para o mercado financeiro (como p.ex. o depósito compulsório) e não tem as (limitadas) garantias oferecidas pelo governo aos depositantes em instituições financeiras.
Muitos sites na Web dependem de um grande número de clientes dispostos a pagar uma pequena taxa, mensal ou por uso, para obter um serviço: o processamento de um grande volume destas microtransações ainda é um desafio (costumo chamá-las, como brincadeira, de ‘micopagamentos’), a ponto de muitas destas iniciativas terem fracassado.
Finalmente, para tornar o cenário ainda mais competitivo, globalizado e nebuloso, é preciso observar que existem sites que operam como bancos totalmente virtuais. O PayPal (sediado na Singapura e associado ao eBay) talvez seja o mais popular deles, com mais de cem milhões de clientes pelo mundo. Inicialmente apenas um serviço de processamento de transações com cartão de crédito em pequenos volumes, hoje está integrado com o sistema bancário em diversos países do primeiro mundo, permitindo transferências e saques on-line de contas correntes tradicionais.
Desde o surgimento dos primeiros modems, os bancos começaram a construir clientes “a distância”, que operam eles mesmos suas contas (seja via ‘home banking’, ou como atualmente, via ‘Internet banking’). Na prática, porém, o número de clientes já conquistados e em potencial que possuem computadores é ainda limitado (cerca de 20% dos lares brasileiros dispõem hoje de computador). Acesso a Internet é ainda mais limitado (alguns bancos fornecem este acesso de forma gratuita a seus clientes – uma forma de incentivar a redução de seus custos, mas que canibaliza parte do mercado dos provedores de acesso a Internet).
O grande desafio é incluir no sistema bancário o restante da população. Com a ampla difusão da telefonia celular, há quem enxergue uma agência bancária virtual em cada antena de telefonia móvel. Entretanto, a enorme variedade de modelos de aparelhos em uso (cerca de 1.300 no Brasil atualmente), encarece tremendamente a produção de software para usar estes aparelhos como front-end para o sistema bancário.
Talvez seja por isso que, aos poucos, surgem alternativas de virtualização de dinheiro fora do âmbito bancário: telefones pré-pagos são uma forma de estocar dinheiro com operadoras de telefonia, o sistema de pagamento automatizado de pedágio (SemParar/ViaFácil) é operado por uma empresa criada para esta finalidade que contem o termo ‘Meios de Pagamento’ em sua razão social. Estas empresas não seguem as normas do Banco Central para o mercado financeiro (como p.ex. o depósito compulsório) e não tem as (limitadas) garantias oferecidas pelo governo aos depositantes em instituições financeiras.
Muitos sites na Web dependem de um grande número de clientes dispostos a pagar uma pequena taxa, mensal ou por uso, para obter um serviço: o processamento de um grande volume destas microtransações ainda é um desafio (costumo chamá-las, como brincadeira, de ‘micopagamentos’), a ponto de muitas destas iniciativas terem fracassado.
Finalmente, para tornar o cenário ainda mais competitivo, globalizado e nebuloso, é preciso observar que existem sites que operam como bancos totalmente virtuais. O PayPal (sediado na Singapura e associado ao eBay) talvez seja o mais popular deles, com mais de cem milhões de clientes pelo mundo. Inicialmente apenas um serviço de processamento de transações com cartão de crédito em pequenos volumes, hoje está integrado com o sistema bancário em diversos países do primeiro mundo, permitindo transferências e saques on-line de contas correntes tradicionais.
Publicado originalmente na Information Week de julho de 2007
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