TI x ti: escrevo este texto a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais. Embora os debates políticos não tenham se caracterizado pela discussão de planos de governo, ambos lados vêm manifestando insistentemente na importância da Tecnologia da Informação como instrumento de desenvolvimento do país. Eles falam da TI maiúscula.
Estudos recentes comprovaram, por exemplo, enormes perdas (dezenas de bilhões de reais) dentro de cadeias produtivas inteiras, exclusivamente pelo baixo nível de adoção da tecnologia. Quando observo este tipo de fato, considero a TI minúscula em nosso país.
Ouvindo os discursos e lendo artigos publicados pelos formuladores de políticas, somos induzidos a acreditar na TI maiúscula. O governo atual incluiu a TI na sua política industrial, formulada no inicio do mandato, mas que, na prática, ficou praticamente na teoria.
Enquanto isso, no Brasil real, na prática do dia-a-dia, esse baixo índice de utilização da tecnologia coincide com uma onda crescente de entrada de empresas estrangeiras no mercado. Antes de tomar uma posição a respeito, é preciso entender a realidade. Vejamos:
O acesso da população brasileira à tecnologia vem crescendo rapidamente: hoje temos mais de dez computadores para cada cem habitantes, e mais de cinqüenta celulares. Acessam a Internet regularmente dezenas de milhões de pessoas.
Entretanto, o mesmo não tem acontecido com as pequenas e microempresas (quase cinco milhões), muito menos ainda com as empresas 'informais' (estimadas em cerca de dez milhões). Até mesmo no mercado de empresas de porte médio, o grau de informatização é inferior ao de empresas do mesmo porte em outros países da América Latina. Risco (para a economia) e oportunidade (para alguns fornecedores), claro.
A medida objetiva é que, mesmo juntando TI e telecom, a participação no PIB nacional é inferior, em termos percentuais, ao correspondente em países como Chile, Peru, Uruguai, Costa Rica, Panamá, Colômbia e até da Jamaica (que vive basicamente do turismo).
Esta situação agrava as dificuldades que as empresas nacionais de TI enfrentam: desde o ano 2000: pouco se fala, mas cerca de vinte por cento das empresas nacionais do setor já encerraram suas atividades.
Isto só faz ampliar a participação das empresas estrangeiras de TI: não só as grandes multinacionais, estabelecidas no país há décadas, mas uma infinidade de pequenas empresas de tecnologia, vindas dos mais diversos países do mundo.
O resultado prático desta situação é que a participação das empresas nacionais no PIB de TI continua caindo rapidamente, ano a ano... E a TeorIa, com certeza, não era essa!! Quem está se importando com isso?
Estudos recentes comprovaram, por exemplo, enormes perdas (dezenas de bilhões de reais) dentro de cadeias produtivas inteiras, exclusivamente pelo baixo nível de adoção da tecnologia. Quando observo este tipo de fato, considero a TI minúscula em nosso país.
Ouvindo os discursos e lendo artigos publicados pelos formuladores de políticas, somos induzidos a acreditar na TI maiúscula. O governo atual incluiu a TI na sua política industrial, formulada no inicio do mandato, mas que, na prática, ficou praticamente na teoria.
Enquanto isso, no Brasil real, na prática do dia-a-dia, esse baixo índice de utilização da tecnologia coincide com uma onda crescente de entrada de empresas estrangeiras no mercado. Antes de tomar uma posição a respeito, é preciso entender a realidade. Vejamos:
O acesso da população brasileira à tecnologia vem crescendo rapidamente: hoje temos mais de dez computadores para cada cem habitantes, e mais de cinqüenta celulares. Acessam a Internet regularmente dezenas de milhões de pessoas.
Entretanto, o mesmo não tem acontecido com as pequenas e microempresas (quase cinco milhões), muito menos ainda com as empresas 'informais' (estimadas em cerca de dez milhões). Até mesmo no mercado de empresas de porte médio, o grau de informatização é inferior ao de empresas do mesmo porte em outros países da América Latina. Risco (para a economia) e oportunidade (para alguns fornecedores), claro.
A medida objetiva é que, mesmo juntando TI e telecom, a participação no PIB nacional é inferior, em termos percentuais, ao correspondente em países como Chile, Peru, Uruguai, Costa Rica, Panamá, Colômbia e até da Jamaica (que vive basicamente do turismo).
Esta situação agrava as dificuldades que as empresas nacionais de TI enfrentam: desde o ano 2000: pouco se fala, mas cerca de vinte por cento das empresas nacionais do setor já encerraram suas atividades.
Isto só faz ampliar a participação das empresas estrangeiras de TI: não só as grandes multinacionais, estabelecidas no país há décadas, mas uma infinidade de pequenas empresas de tecnologia, vindas dos mais diversos países do mundo.
O resultado prático desta situação é que a participação das empresas nacionais no PIB de TI continua caindo rapidamente, ano a ano... E a TeorIa, com certeza, não era essa!! Quem está se importando com isso?
Publicado originalmente na Information Week de outubro de 2006
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