Logo após a virada do milênio, era comum ouvirmos que o mercado de ERP já estava "saturado". De forma provocativa, sempre afirmei, tanto em mesas de happy-hour quanto em palestras, que o mercado de ERP só estará realmente saturado quando cada feirante do nosso país tiver um sistema de gestão para controlar a operação de sua barraca.
Obviamente, ainda estamos muito longe deste nível de informatização das empresas (pior, estamos ainda muito longe da formalização de muitos feirantes como empresas!).
Política à parte, a tecnologia necessária está totalmente disponível: qualquer celular ou PDA de última geração, que permite navegar na Web, pode acessar um sistema de gestão disponibilizado no formato ASP. ERPs de grandes e médias empresas são muito mais complexos que os de feirantes. E o acesso à Internet a partir da feira está disponível.
Quantos feirantes possuem um sistema de gestão? Vou além: quantas empresas com trinta funcionários possuem um ERP?
De acordo com os dados estatísticos que o IBGE compila a partir das declarações de Imposto de Renda das empresas (ou seja, os informais, sonegadores, clandestinos e outras "cores" excluídas), existem no Brasil perto de 120 mil empresas com trinta ou mais colaboradores (sim, até o IBGE já abandonou a CLT em suas estatísticas).
De outro lado, quantos clientes possuem as empresas fornecedoras de ERP, nacionais e estrangeiras, que operam no país? Mesmo que acreditemos piamente nos números divulgados pelos seus departamentos de marketing, somando os clientes de todos esses fornecedores chegamos a um número próximo a 35 mil empresas. Ou seja: há pelo menos 80 mil empresas com mais de trinta colaboradores aguardando por um ERP...
O problema? Muito simples: preço. Um feirante talvez pagaria quarenta reais por mês; uma empresa com cinqüenta funcionários, uns mil reais mensais pelo seu ERP. Mas, qual o fornecedor que se dispõe a implantar e manter um ERP por esses preços? Em larga escala?
Aquele fornecedor que conseguir certamente levará uma parcela significativa desse mercado: 20 mil empresas pequenas pagando mil reais ao mês representam um faturamento de 200 milhões de reais ao ano. E há muitas mais... por isso os fornecedores estão se movimentando na direção desse mercado.
Obviamente, ainda estamos muito longe deste nível de informatização das empresas (pior, estamos ainda muito longe da formalização de muitos feirantes como empresas!).
Política à parte, a tecnologia necessária está totalmente disponível: qualquer celular ou PDA de última geração, que permite navegar na Web, pode acessar um sistema de gestão disponibilizado no formato ASP. ERPs de grandes e médias empresas são muito mais complexos que os de feirantes. E o acesso à Internet a partir da feira está disponível.
Quantos feirantes possuem um sistema de gestão? Vou além: quantas empresas com trinta funcionários possuem um ERP?
De acordo com os dados estatísticos que o IBGE compila a partir das declarações de Imposto de Renda das empresas (ou seja, os informais, sonegadores, clandestinos e outras "cores" excluídas), existem no Brasil perto de 120 mil empresas com trinta ou mais colaboradores (sim, até o IBGE já abandonou a CLT em suas estatísticas).
De outro lado, quantos clientes possuem as empresas fornecedoras de ERP, nacionais e estrangeiras, que operam no país? Mesmo que acreditemos piamente nos números divulgados pelos seus departamentos de marketing, somando os clientes de todos esses fornecedores chegamos a um número próximo a 35 mil empresas. Ou seja: há pelo menos 80 mil empresas com mais de trinta colaboradores aguardando por um ERP...
O problema? Muito simples: preço. Um feirante talvez pagaria quarenta reais por mês; uma empresa com cinqüenta funcionários, uns mil reais mensais pelo seu ERP. Mas, qual o fornecedor que se dispõe a implantar e manter um ERP por esses preços? Em larga escala?
Aquele fornecedor que conseguir certamente levará uma parcela significativa desse mercado: 20 mil empresas pequenas pagando mil reais ao mês representam um faturamento de 200 milhões de reais ao ano. E há muitas mais... por isso os fornecedores estão se movimentando na direção desse mercado.
Publicado originalmente na Information Week de maio de 2006
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